No ritual de dedicação de igreja encontramos a definição de importância da colocação de uma ou mais relíquias, “Quanto possível, mantenha-se o costume da liturgia romana de encerrar debaixo do altar relíquias de Mártires ou de outros Santos”61. Uma relíquia (em latim: reliquiae) é um objeto preservado para efeitos de veneração, o Concilio de Trento definiu:
Devem ser venerados pelos fiéis os santos corpos dos santos mártires e dos outros que vivem com Cristo, corpos que foram membros vivos do mesmo Cristo e templo do Espírito Santo, que por ele devem ser ressuscitados para a vida eterna e glorificados e pelos quais Deus concede aos homens muitos benefícios. Por isso, os que afirmam que às relíquias dos santos não se deve veneração nem honra, ou que inutilmente os fiéis as honram como também a outros monumentos sagrados, e que em vão frequentam as memórias dos santos para obter o seu auxílio, todos devem ser absolutamente condenados como já outrora a Igreja os condenou e também agora os condena.
Na nossa igreja matriz estudando o rito de dedicação da igreja e do Altar, nos deparamos com a recomendação de depositar uma relíquia de um Santo no altar no ato da sua dedicação. O primeiro que nos veio em mente era a relíquia de um santo brasileiro. Santo Antônio de Sant´Ana Galvão. Mas pensamos também em São Joao Paulo II e Santa Madre Teresa de Calcutá.
Mas como conseguir uma relíquia se estávamos em meio a uma pandemia mundial, e perante a incerteza e diante da grande burocracia e dificuldade de conseguir uma relíquia?
Decidimos por fazer várias solicitações, e ao invés de nos remeter ao secretariado em Roma, responsável pelas relíquias dos santos e onde a burocracia e complexidade é alta, decidimos por escrever aos mosteiros e conventos, onde de fato os santos haviam vivido e se encontram seus restos mortais. Optamos por solicitar uma relíquia de alguns Santos padroeiros de algumas de nossas comunidades.
Assim foi que fizemos várias solicitações. Passado algum tempo eis que recebemos a relíquia de 1º grau de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão. E logo em seguida, em 19 de novembro de 2020 a preciosa relíquia de São João Paulo II, relíquia de 1º grau, contendo fios de cabelo de Joao Paulo II.
Em 11 de maio de 2021 recebemos as cartas com as relíquias de Santa Terezinha do Menino Jesus, relíquia de 1º grau, Ex- Carnis. E a relíquia do grande Santo, o Padre de Ars, São Joao Maria Vianey, pedacinho de sua túnica. Relíquia de 2º grau.
Em 1º de junho de 2021 recebemos a relíquia de São Joao da Cruz, relíquia de 2º grau. Pedacinho do tecido que envolveu seu corpo.
Em 25 de junho de 2021 veio a grande surpresa da relíquia de Santo Antônio de Pádua. Relíquia de 1º grau. Ex-Carnis.
Em 16 de novembro de 2021 recebemos a relíquia de Santa Rita de Cássia. Relíquia de 2º grau. Pedacinho de sua túnica.
Em 26 de março de 2022 fomos abençoados por mais uma grande surpresa e alegria. O recebimento da relíquia de 1º grau de Santa Madre Teresa de Calcutá, fios de cabelo tal qual a relíquia de São Joao Paulo II.
Durante o ano de 2023 recebemos relíquias de 3º Grau, de São Roque, e do beato Carlo Acutis.
Sendo assim, recebemos relíquias de muitos padroeiros de nossas comunidades, bem como de dois grandes personagens dos tempos modernos, João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá. Com tudo isso demonstramos a Deus nossa profunda gratidão.
Deus manifestou a Sua Glória e sua misericórdia na vida destes Santos. Somos imensamente gratos pela vida destes Santos e pelas relíquias que recebemos.
Para a dedicação do Altar optamos por depositar debaixo do altar a primeira Relíquia que recebemos, de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão. Também algumas outras relíquias de 2º e 3º grau, em uma urna feita em madeira dos bancos antigos da igreja matriz.
Também alguns símbolos serão colocados juntos: um escapulário de Nossa Senhora do Carmo (trazidos do Monte Carmelo em Israel), um fragmento do manto de Nossa Senhora Aparecida (vindo do Santuário Nacional de Aparecida), imagem de São Pedro e São Paulo (trazido de Roma), um cartão e pedra das catacumbas de São Sebastião (trazido das catacumbas de São Sebastião em Roma), um cartão de Santa Terezinha (vindo junto a relíquia de Santa Terezinha), uma relíquia de 2º grau de São João da Cruz, um fragmento da bandeira do Divino da comunidade Conceição, um cartão de Santo Antônio (trazido de Lisboa), uma medalha de Santa Rita (vindo junto a relíquia de Santa Rita), uma medalha com terra de Fátima, uma imagem de São Francisco (trazido da Itália), uma relíquia de 2º grau de São João Maria Vianney, uma relíquia de 3º grau de São Roque, um cartão de São João Paulo II, uma relíquia de 2º grau de Madre Tereza de Calcutá, um lírio de São José, um ramo de oliveira (trazido do monte das Oliveiras em Israel), um catão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (trazido da igreja de Santo Afonso em Roma), uma máscara símbolo do tempo da pandemia e passado no Santo Sepulcro em Israel, pôr fim a relíquia de 1º grau de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão. Sendo assim a urna completa é colocada embaixo do altar da Matriz no dia da dedicação.
As demais preciosas relíquias serão depositadas em lugar especial, para sua digna veneração. Para a atual comunidade bem como as comunidades do futuro, essas relíquias são indicadores da luz de Cristo, e nos motivam a viver tal qual os Santos que se entregaram como resposta ao amor divino.
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