A cúpula
- pascom pscastro
- 3 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de ago. de 2023

A cúpula da Igreja sob o altar central simboliza a abóboda celeste e a luz vinda pelo Espírito Santo a um ventre, ou seja, à própria Virgem Maria que abrigou em seu seio o Menino Jesus, o Cristo, o sumo e eterno sacerdote. Representado pelo Pantocrator, o Cristo Vivo e Ressuscitado.
Na arquitetura, a cúpula é concebida como imagem da abóbada celestial [...]. A cúpula é a esfera do universo atravessada pelo eixo do mundo, miniatura perfeita da sua ordem e da sua beleza. Diz-nos que Deus se inclinou sobre a terra, se abaixou até fazer-se homem; nos diz que, graças a esse abaixamento, o homem recebeu de Deus a possibilidade de elevar-se humanamente até a divinização. A cúpula nos fala de Jesus Cristo que reconciliou o céu com
a terra, o divino com o humano; a cúpula fala daquela nova criação que é a Páscoa.
A cúpula da matriz tem um duplo significado, por fora um ventre que fecundado pelo Espirito Santo faz nascer o Cristo e para o Cristo, o outro é na parte interna com um vitral do Espirito Santo que ilumina com a luz natural a vida da Igreja a centralidade do altar e na cúpula vemos o ícone do Pantocrator. Entrando no templo, elevando os olhos para o alto, o Pantocrator acolhe o fiel do alto da cúpula. A cúpula, considerada pelos orientais símbolo do céu, dá à imensa figura do Pantocrator o sentido de Pai e de Filho ao mesmo tempo, expressão da doutrina da sua consubstancialidade. Esta é assim expressa por santo Atanásio:
O Filho está no Pai, dado que todo o ser do Filho é o que é próprio da substância do Pai, como o reflexo que vem da luz e o rio da fonte. Quem, pois, vê o Filho vê o que é próprio do Pai e compreende que o próprio ser do Filho está também no Pai como Ele próprio vem do Pai. Por outro lado, o Pai também está no Filho, já que o Filho é o que vem do Pai e que lhe é próprio, como o sol está no seu reflexo, o espírito na palavra e a fonte no rio. Portanto, aquele que vê o Filho vê o que é próprio da substância do Pai e compreende que o Pai está no Filho. Com efeito, sendo a forma e a divindade do Pai o ser mesmo do Filho, segue-se que o Filho está no Pai e o Pai no Filho.
Vemos aqui o Pantocrator com círculo, lembrando do amor de Deus que não tem começo nem meio nem fim, está o Cristo com as vestes brancas, com a mão direita abençoando e a esquerda segurando o Evangelho com a inscrição em grego Eu sou, em cima da veste uma estola aparece com a dignidade sacerdotal do sumo sacerdote por excelência, com as letras gregas alfa e ômega, principio e fim. Seu rosto com as duas faces do justo juiz e do misericordioso, mostrando as chagas do ressuscitado, o fundo do ícone encontramos a Jerusalém celeste simbolizados por casinhas.
Sendo assim, temos nos ícones a vida do Cristo, sua vida, paixão e ressureição, todos os ícones tem a centralidade no Cristo.

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